Em um ambiente digital que exige a conexão de diferentes aplicações e sistemas, o uso de APIs para integração já é indispensável. Essa é a melhor maneira de viabilizar o funcionamento dos aplicativos simultaneamente.
Contudo, tornar esse processo seguro é um desafio. No mercado, existem muitas opções de segurança para projetar e arquitetar APIs. Além de explorar essas alternativas, também é possível diminuir as dificuldades e adotar algumas práticas recomendadas para autenticação de API.
É o que veremos neste post. Continue lendo o artigo!
3 métodos de autenticação de API
Ao usar os protocolos de autenticação padrão da indústria, você conseguirá proteger suas APIs de maneira escalável e previsível.
Dessa maneira, sua equipe pode utilizar os serviços, componentes e bibliotecas definidos, sem confundir os usuários finais.
Ao criar uma API para clientes do servidor, você terá, basicamente, três opções para implementar a autenticação. São elas:
OAuth 2.0
Esse é o padrão de protocolo que permite aos usuários obter acesso a recursos de um website sem que eles exponham suas credenciais.
Na prática, o OAuth 2.0 oferece mecanismos que permitem o uso de recursos de terceiros com segurança.
Afinal, como o protocolo funciona?
Ele delega a autenticação ao serviço que hospeda a conta do usuário.Ou seja, o OAuth 2.0 autoriza aplicativos de terceiros a acessar a conta do usuário. Basicamente, é assim que torna-se possível fazer login no Facebook usando uma conta Google.
Neste modelo de autenticação de API, o cliente trocará seu usuário e senha por um token. Ao criar uma API, se você quiser reduzir o risco de segurança na rede, usar as credenciais do cliente OAuth é uma boa opção.
Autenticação básica HTTP
Esta é a opção de autenticação de API mais simples. Porém, não fornece os mesmos benefícios do OAuth no que diz respeito à segurança e à rotação de chaves das credenciais de cliente.
Autenticação Digest
Muitos provedores usam este tipo de autenticação de API várias personalizações. É o caso da Amazon, por exemplo. Mas implementar este tipo de autenticação não é simples.
O ideal é usar a Autenticação Digest somente diante de uma demanda de segurança muito urgente. Isso porque ela exige muito trabalho de engenharia para implementar e manter. Além disso, este tipo de autenticação de API também transfere a carga de segurança para sua estrutura.
Boas práticas de autenticação de API
Para gerenciar a integração de APIs com sucesso, você precisa adotar as melhores práticas. Dessa maneira, gestão vai se tornar mais simples, segura e eficaz.
Confira, a seguir, algumas das melhores práticas de autenticação de API:
Abra sua API com segurança
Ao planejar sua API, você pode ter pensado em deixá-la disponível para todos sem segurança. Mas essa não é uma boa alternativa.
Os riscos de segurança da API são mais comuns do que você pensa. Mesmo que os dados não sejam confidenciais e você não se importe com quem tem acesso, é recomendado limitar a taxa para proteger seus recursos.
Use API Key
Se os dados que você apresenta não são confidenciais, usar uma API Key pode ser uma boa alternativa.
Uma API Key gera um valor exclusivo para uso por um cliente API. Não se trata exatamente de um método de autenticação, mas é uma forma de filtrar solicitações por cliente.
Ao adicionar uma API Key requisito à sua interface de aplicação, você poderá limitar o número de solicitações por cliente registrado.
Além disso, é importante permitir que o cliente redefina a API Key, para evitar que a chave seja comprometida.
Evite adotar usuário e senha
Algumas APIs são autenticadas com nome de usuário e senha, geralmente na forma de autenticação básica no cabeçalho.
Porém, mesmo quando combinada com SSL, que, em tese, garante a segurança da autenticação de API, esta não é uma solução recomendada para proteger suas APIs.
Esse modelo já foi mais usado. Em APIs mais antigas é possível observar a autenticação com usuário e senha, que geralmente eram baseadas em sessão ou em sessão com cookies. Hoje, o uso dessas estruturas não é recomendado.
Outros métodos de autenticação
Além das boas práticas já citadas, você pode encontrar outros métodos de autenticação para aplicações. Veja duas delas:
JSON Web Token (JWT): é um padrão aberto, baseado em Token Based Authentication. É fácil de configurar e usar, mas o usuário deve gerenciar manualmente a criação de tokens e outros processos. É uma alternativa mais segura para chaves de API.
OAuth 1.0a: é o precursor do OAuth 2.0, sendo menos seguro que a segunda versão. Costuma ser usado para algum sistema SSO, mas é difícil de usar e gerenciar para APIs. O ideal é usar OAuth 2.0
Autenticação de API: 4 melhores práticas
De maneira geral, é possível resumir as principais recomendações de autenticação de API em 4 tópicos. São eles:
- Use OAuth 2.0 com fluxos ativados para oferecer suporte de servidor para servidor e autorização de dispositivo. Assim, você garante segurança ao seu API Client e permite uma ótima experiência do usuário;
- Use a autenticação de API Key com cuidado ao publicar dados não confidenciais;
- Evite autenticação baseada em nome de usuário e senha.
- Evite manter informações de estado em suas chamadas de API.
Seguindo essas diretrizes e usando a forma correta de autenticação para cada tipo de API, você pode tornar sua implementação mais assertiva. Afinal é preciso oferecer aos usuários uma sensação de segurança, independentemente do tipo de cliente de aplicativo que está sendo usado.
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